Ricardo Wuicik e livros |
Tenho escrito sobre descobertas aqui na capital paranaense desde o dia 29 de abril. Confirmações de hipóteses, refutação de uma lista de outras, mas sempre encontrando curiosidades na cidade de Poty Lazzarotto e Paulo Leminski.
No sábado passado, 25/06, saímos para tomar uma cervejinha no Largo da Ordem. Paramos no Tubas Bar e Restaurante (Praça Garibaldi, 50). Conversamos bastante, rimos e vimos passar alguns carros e diferentes tribos urbanas. Achamos que o bar já tinha nos dado o que precisávamos e fomos conhecer outros lugares para beber e conversar.
Como estava na companhia de um amigo de Minas Gerais, que também estava descobrindo a cidade, paramos no Brasileirinho (Rua Mateus Leme, 67). Ali havia uma galera animada e uma boa roda de samba. A atmosfera era agradável e contagiante. Pedro Paulo, o garçom, era uma figura! Bem humorado, abastecia as mesas com bebidas, petiscos e muitos sorrisos.
Passamos um bom tempo nos divertindo. Rafael, meu colega de jornada, ainda paquerou e foi paquerado. Eu estava apenas “olhando o mundo”. O mineiro, de Uberaba, soube da existência de um Bar e Restaurante chamado Chinaski, em homenagem ao pseudônimo de Charles Bukowski (com o qual assinou cinco livros).
O bar é uma espécie de pub, com as paredes cobertas de pôsteres e capas de discos de artistas e bandas de Rock dos anos 1970 e 1980, como David Bowie, Nick Cave, The Cure, Ramones, Blondie e tantos outros mais conhecidos. Um ambiente confortável e interessante. Merece uma segunda visita.
Após tomarmos algumas cervejas e pedirmos uns sanduíches, surge, por volta de 0h30min, a figura enigmática de Ricardo Wuicik (32 anos), um filósofo que resolveu ganhar a vida como vendedor de livros. “Eu era professor e não queria mais dar aula, por várias questões ideológicas, e comecei a vender, pois queriam que vendessem em minha casa. Foi indicação do meu primo quanto aos locais e horários”.
Wuicik, que é do interior paranaense, portava mais de 20 obras de autores diferentes. Segundo ele, sempre vende alguma coisa, pois agora anda com uma maquineta de cartões. “Antes, as pessoas gostavam, mas reclamavam que não tinham dinheiro, então veio a ideia da máquina de cartões. Elas sempre compram”. Ele está no ramo há um ano.
Atualmente, Ricardo tem uma pequena livraria (Avenida Iguaçu, 551, quase esquina com Floriano Peixoto). Como o negócio ainda está no início, continua vendendo livros à noite para complementar a renda e sustentar a esposa e os dois filhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário