segunda-feira, maio 09, 2011

Como ficar parado em Curitiba?

Curitiba é uma metrópole que mistura culturas, cheiros e cores. É cosmopolita desde seu surgimento. É quase impossível não encontrar algum prédio, templo ou rosto nas ruas que não lembre outra etnia. O ônibus turístico, com dois andares, semelhante ao londrino, com a diferença de que a “jardineira” é verde, passa por 24 pontos turísticos, muitos deles memoriais em homenagem aos imigrantes.

Saindo da Praça Tiradentes e percorrendo os locais de visitação, o turista ouve informações em português, espanhol e inglês. A passagem, que custa R$ 25,00, dá direito ao visitante descer em quatro locais diferentes, à sua escolha, e reembarcar no próximo ônibus que passa pontualmente a cada meia hora.

Assim como o dia de ontem, um presente do Dia das Mães, estava com um céu de brigadeiro e o ônibus, aberto na parte superior, proporcionava uma visão clara e colorida da cidade arborizada, cheia de parques, praças e floreiras, colorindo e aromatizando a cidade das araucárias.

O roteiro, de 43 km, passa desde o Jardim Botânico, pelos Parques Tingui, Tanguá (o mais bonito em minha opinião), Bosque do Alemão, Bosque do Papa, até o gastronômico bairro de Santa Felicidade. Mangiare que te fa bene! Santa Felicidade é um pedaço da Itália dentro de Curitiba, com casario, bons restaurantes, como o Madalosso e trattorias típicas.

Após fotografar a Igreja de Santa Felicidade e as fachadas de muitos prédios antigos do bairro, povoado desde 1878 por imigrantes vindos das regiões de Veneto e Trento, fui saborear a comida de um dos mais de trinta restaurantes. Lá descobri que se paga pelo buffet (R$ 22,90) e pode-se comer à vontade das iguarias ali ofertadas. Tinha um arroz com tomates secos e ricota de se comer de joelhos, pois a gula é um pecado.

Ópera de Arame, no Parque Pedreiras.

Mais adiante, uma lasanha de rúcula de cometer mais pecados que os sete capitais. Como se não bastasse, vi um mousse salgado de “formaggio” (que coisa deliciosa!). E para completar, um escondidinho de salmão à azeitona preta. Para acompanhar a comida, o garçom sugeriu uma taça do vinho da casa, um seco encorpado que encheu minha boca. Confesso que repeti, não ia deixar passar. Comi até me fartar, tomei o bendito (e santo vinho) e paguei menos de R$ 30,00. Fiquei satisfeitíssimo.

Saí redondo de tanta comida gostosa e voltei a pegar a “jardineira” no sentido do centro histórico da cidade, mas antes parei na Torre Panorâmica para ver a cidade de cima, uma visão de 360 graus. A torre da Antiga Telepar, equivalente a um prédio de 40 andares, tem um elevador veloz. Custa apenas R$ 3,00 subir ao minarete. Depois de tudo, caminhei um pouco pela Rua Barão de Rio Branco, passei pelo SESC da Esquina, Boca Maldita e olhei para o majestoso Palácio Avenida. Descansei, afinal, ninguém é de ferro, do metal apenas as armações da Ópera de Arame e Estufa do Jardim Botânico.
Palácio Avenida, no qual acontece a Cantata de Natal de Curitiba

 

 

 


3 comentários:

  1. Hum... que vontade de ter te acompanhado nesse passeio! =)

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  2. meu amigo, teu texto - como sempre - perfeito!

    relembrei cada passo que dei nesta cidade inigualável.
    imaginei o que leminski aprontou por estas terras - a ponto de ganhar uma pedreira só pra ele.
    minha boa inveja deseja a ti tudo, tudo de bom nesta vida. bata no peito com orgulho e proclame: EU conquistei tudo isso.

    dou fé!

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  3. Olá adorei o blog. Gostaria de entrar em contato! Por favor me retorne.

    Grata,
    Antonieta.

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