segunda-feira, novembro 01, 2010

A alegria venceu o preconceito



Fiz de tudo para não escrever sobre política na última semana. A Paraíba e o Brasil estavam passando por momentos de ódio velado e muita desfaçatez. Ativei-me a usar meu espaço para tratar de notícia e arte. Se bem que a verdadeira arte é sempre engajada.

No entanto, voltemos à política. É inegável que o ano de 2010 é emblemático. Elegeram Tiririca para a Câmara Federal no estado rico. Os candidatos discutiram religião como se estivéssemos em repúblicas islâmicas. O projeto passava pela fé e discussões como o bem e mal.

Nesta campanha, o clericalismo e o conservadorismo tomaram força no guia eleitoral. Candidatos foram às igrejas atrás de votos, em troca da própria decência. Aqui na Paraíba, a religião, tal qual na Idade Média, quis passar com seu rolo compressor por cima das liberdades de manifestação e culto.

Tentou-se assassinar a arte. Monumentos foram atribuídos ao mal, numa falta de conhecimento vista apenas no tempo da mais absoluta ignorância, na qual os indivíduos estavam envoltos numa nuvem escura, querendo afastar demônios.

O povo deu a resposta. Não se curvou ao preconceito. Não aceitou o retrocesso. Tanto no patamar nacional quanto no estadual disse “NÃO” à caça às bruxas. A calúnia, a baixaria e a mentira não tiveram a chance de brotar nessas terras. Brotaram flores amarelas, como combustível limpo para uma nova revolução.

Elegemos a primeira mulher para o Palácio do Planalto. Substituímos o presidente mais popular da história recente num contexto de crescimento econômico e de transformações sociais inéditas. O Brasil continuará com crescimentos anuais de 6% ou 7%. Esperamos que mais 32 milhões de pessoas (quase meia França) ascendam às classes A, B e C.

Aqui no estado, a ruptura do atraso e da perseguição começou quando as urnas responderam à truculência dos xiitas difamadores. Que o novo governador, saído da classe popular, traga para nosso estado as melhorias que o Centro-Sul já vem experimentado há anos.

A alegria venceu o preconceito. A arte vai ser restaurada. Não serão apenas sete obras que decorarão a capital, mas milhares delas por todos os recantos do estado. Serão Pombas da Paz, Porteiros da Esperança, Pedras da Transcendência, teatros reformados, pontos de cultura nos bairros, teatro de rua e diversas manifestações culturais.

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